Mulheres que inspiram – Ana Maria


Seguimos com a nossa série de entrevistas que destaca mulheres incríveis que estão fazendo a diferença na tecnologia. A convidada da vez é Ana Maria, desenvolvedora e criadora do perfil @ana.tech.dev, onde compartilha conteúdos técnicos, aprendizados da sua jornada na programação e reflexões sobre representatividade feminina na área.

Nesta conversa, Ana abre o coração sobre os desafios que enfrentou, as conquistas que celebrou e como tem usado sua presença online para inspirar outras mulheres a acreditarem no seu potencial no universo da tecnologia.

Vem se inspirar com a história da Ana!


Entrevistada:
Ana Maria
Formação: Ciência da Computação / Análise e Projeto de Sistemas
Atuação: Analista de TI

Como surgiu o @ana.tech.dev e qual foi seu principal propósito ao criar esse perfil?
O perfil @ana.tech.dev surgiu a partir da minha curiosidade em compartilhar conteúdos de TI, e ao pesquisar por perfis para seguir e acompanhar, encontrei perfis de mulheres que me inspiraram a criar conteúdo. Sempre estudei na área de exatas, e percebia as mulheres como minorias nesses espaços (faculdade, estágio, ambiente de trabalho), e vi na criação de conteúdo, uma oportunidade de incentivar a inclusão das mulheres na tecnologia, na STEM ou onde elas quiserem! Meu objetivo principal com a criação da página é ampliar o espaço para divulgar e incentivar iniciativas que apoiam e promovem oportunidades de formação e ingresso de mulheres na tecnologia.

Você é Embaixadora da PrograMaria e Alura Star — como essas parcerias influenciam seu trabalho e mensagem para mulheres na tecnologia?
Eu já participava ativamente dessas comunidades, e sempre admirei o trabalho pelas iniciativas que promovem e pela contribuição na formação em tecnologia. Fiquei muito agradecida ao receber o convite para fazer parte como Embaixadora, acredito no trabalho dessas iniciativas e por isso, incentivo a participação em comunidades. Acredito que estar em comunidade é compartilhar conhecimento e experiências, eu aprendo com as comunidades através dos eventos, cursos, dicas e referências na área, que incentivam a ter ideias e assuntos para a criação de conteúdos da página.

Seu currículo inclui especializações em Ergodesign de Interfaces e Análise de Sistemas pela UERJ e PUC‑Rio como essa formação guia seu desenvolvimento front-end?
Acredito que a formação acadêmica proporciona aprendizado teórico e prático com professores que são referências na área, atualmente estou cursando a Pós Tech IA para Devs na FIAP, para me manter atualizada na área de Inteligência Artificial, que tem sido o meu foco de estudos. A rotina acadêmica é muito enriquecedora, pois proporciona acesso a ferramentas que ampliam o conhecimento do profissional na área de TI, como comunicação, trabalho em equipe, escrita (elaboração de relatórios) e pensamento crítico.

Em um dos seus reels recentes, você recomendou pesquisar no Gemini para aprender IA, que impacto a IA tem em seus conteúdos e na sua atuação como desenvolvedora?
Estou focando meus estudos para aperfeiçoar meus conhecimentos sobre Inteligência Artificial, e desta forma, tenho direcionado os conteúdos a partir de referências que encontrei para meus estudos. Os conteúdos criados tem sido dicas de estudo sobre IA com cursos gratuitos, eventos, imersões, livros e materiais de estudos que conheci através de newsletters, comunidades que participo e referências que acompanho. Os estudos sobre inteligência artificial me ajudam na produtividade da minha atuação como Analista de TI através da aplicação de conceitos de engenharias de prompts, otimizando tarefas específicas do dia-a-dia que podem ser automatizadas.

Como funcionam seus projetos colaborativos no GitHub especialmente o repositório “mulheres‑na‑tecnologia”?
Criei 2 repositórios colaborativos no GitHub: um com o objetivo de reunir referências para pessoas desenvolvedoras front-end e o outro sobre conteúdos de referência produzidos por mulheres na tecnologia. Em 2022, inscrevi estes 2 repositórios na Hacktoberfest (Programa de Projetos Open Source que ocorre no mês de Outubro), o repo “Mulheres na Tecnologia” recebeu muitas contribuições, tornando-se uma iniciativa que permitiu que mulheres possam indicar e incluir seus próprios conteúdos como referência para outras mulheres, conhecendo e apoiando o trabalho de mulheres inspiradoras da tecnologia.

Você foi indicada ao Women in Tech Community Award 2024 de que forma essa visibilidade reforça sua influência na comunidade de mulheres em tecnologia?
Me sinto muito honrada pelo reconhecimento do meu trabalho com mulheres na comunidade tech. Essa indicação me motiva a seguir ampliando o espaço feminino na tecnologia e a inspirar mais mulheres a conhecer iniciativas na área, assim como, quando fui indicada como uma das finalistas da categoria STEM da Premiação Hashtag Content Awards da Campus Party 2022.

No seu perfil no Instagram você compartilha livros clássicos de TI. Qual obra você considera “obrigatória” para quem quer entrar no desenvolvimento de software?
Eu acredito que mesmo com a variedade de ferramentas que atualmente existem para apoiar os estudos, os livros clássicos ainda são referências para o aprendizado de conceitos e boas práticas para o desenvolvimento de software. Eu tenho parceria com a Casa do Código e Editora Novatec, e sempre adquiro livros físicos. Indico 3 livros que devs deveriam conhecer: “Padrões de Projeto” do Erich Gamma; “Engenharia de Software para Ciência de Dados: Um guia de boas práticas com ênfase na construção de sistemas de Machine Learning em Python” da Casa do Código e “O Codificador Limpo: Um Código de Conduta para Programadores Profissionais” do Robert C. Martin.

Como você equilibra sua rotina entre Analista de TI, desenvolvedora front-end, mãe e criadora de conteúdo? Quais desafios você enfrenta?
Conciliar todas essas responsabilidades requer organização, tempo e estar focada no que me comprometi a fazer, então procuro me organizar fazendo anotações, utilizando planner e apps de checklist para lembrar dos compromissos. Acredito que o maior desafio, tem sido ter tempo para trabalhar presencialmente 8h/dia, estudar para a Pós, cuidar e estar com meu filho e preparar os conteúdos para a página. É necessário que organização x tempo x dedicação estejam alinhados para conseguir equilibrar a rotina da melhor forma.

Que conselho você daria para meninas que querem começar na tecnologia, mas ainda têm medo de não se sentirem “boas o suficiente”?
Acredite que o seu esforço e dedicação para trilhar sua trajetória é inspiração para outras mulheres que irão iniciar na tecnologia. Vocês são protagonistas da própria história e cada conquista merece ser celebrada! Conecte-se com comunidades que acolhem e inspiram. Busque apoio, projetos, mentorias e iniciativas que fortaleçam sua jornada na tecnologia. Pesquise e conecte-se com mulheres da tecnologia, conheça a história delas e se inspire, você vai se reconhecer em muitas das dificuldades que elas superaram para conquistar o espaço que alcançaram. Encontre grupos com ambiente acolhedor e seguro em comunidades que promovem espaço para compartilhar experiências e dicas. Conheça e se conecte com as comunidades: PrograMaria, WoMakersCode, Brazilians in Tech, STEM para Minas, Minas Programam, Elas Programam e a Programe como uma Garota.

Quais planos você tem para ampliar seu impacto, seja com novos cursos (como a Pós Tech em IA na FIAP), comunidades ou plataformas para mulheres na tecnologia?
Busco sempre me manter atualizada com eventos, cursos e estar em comunidades, aprendendo e compartilhando experiências, para contribuir cada vez mais, com projetos da comunidade tech para formação e ingresso de mulheres na tecnologia e continuar apoiando iniciativas que acredito que fazem a diferença na tecnologia, como: a comunidade PrograMaria, o Programa de Embaixadores Alura Stars e o Projeto Programe como uma Garota. Tenho buscado ampliar meu conhecimento na área com cursos e formações oferecidos por organizações lideradas por mulheres na tecnologia, pois acredito que um ambiente inclusivo incentiva os estudos e motiva o desenvolvimento através do apoio coletivo e troca de experiências.

Qual mensagem você pode deixar para as meninas que fazem parte do projeto Programe como uma Garota?
Uma honra fazer parte como apoiadora do Projeto, incentivando mulheres e apoiando um Projeto que transforma a tecnologia e empodera mulheres através de oportunidades de inclusão na carreira tech. Parabenizo aos fundadores e idealizadores do Projeto “Programe como uma Garota”, eu acredito que iniciativas como essa, fazem a diferença porque são necessárias e fundamentais para ampliar o espaço das mulheres na tecnologia. Agradeço a equipe do Projeto e ao Luan pelo convite da entrevista.

Por mais mulheres na tecnologia.

Muito obrigada!

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