Mulheres que inspiram – Shirley Rios

Dando continuidade à nossa série de entrevistas com mulheres que estão transformando a área de tecnologia com suas histórias inspiradoras, hoje temos o prazer de apresentar Shirley Rios, criadora do perfil @shirleyrrios. Shirley é uma referência quando o assunto é carreira, comunidade e representatividade, e nesta conversa ela compartilha um pouco da sua trajetória, dos desafios que enfrentou, das conquistas que celebrou e de como segue abrindo caminhos para outras mulheres na área de TI.

Vem conhecer a história da Shirley e se inspirar com sua jornada!

Entrevistada: Shirley Rios
Formação: Bacharel em sistemas de informação
Atuação: Chapter de engenharia de software

Você tem mais de 15 anos de experiência como engenheira de software sênior, o que te motivou a seguir essa carreira tão cedo e como foi sua trajetória até aqui? 
Desde muito jovem, eu era movida pela curiosidade e pela vontade de entender como as coisas funcionavam. Comecei a programar ainda na faculdade e me apaixonei pela capacidade de transformar ideias em soluções. A tecnologia me deu liberdade para criar, e isso me motivou a seguir em frente mesmo quando as oportunidades pareciam distantes. Minha trajetória teve muitos desafios, mas sempre fui determinada a ocupar meu espaço e também abrir caminhos para outras mulheres na área.

Você lançou recentemente seu primeiro livro (best‑seller), pode contar um pouco sobre o tema e como ele surgiu a partir da sua experiência como desenvolvedora?
 Claro! O livro tem como foco a mentalidade financeira na carreira de tecnologia. No início da minha jornada como programadora, eu tinha uma mentalidade escassa, acreditava que minha profissão me traria ganhos bons, mas não imaginava que poderia conquistar coisas grandiosas. Eu via o código apenas como ferramenta de trabalho, e não como um meio para transformar a minha vida.  Com o tempo, entendi que o programador rico é visionário: ele enxerga oportunidades não só na área técnica, mas também na vida pessoal. Ele valoriza seu conhecimento, aprende a negociar, a empreender, a investir e, principalmente, entende que com educação financeira, é possível mudar sua realidade por completo. Esse livro é um convite para que desenvolvedores adotem essa nova visão e saiam do piloto automático, tanto na carreira quanto nas finanças.” Código sozinho não enriquece ninguém. Mas a mentalidade certa, sim.”

Quais são as principais diferenças que você percebe entre desenvolvedores iniciantes e seniores hoje em dia?  
A principal diferença está no pensamento crítico e na maturidade para resolver problemas. Enquanto iniciantes tendem a focar muito em código e ferramentas, os seniores olham para o contexto, a arquitetura e o impacto da solução. Um bom sênior não é só quem “sabe mais”, mas quem compartilha, ouve, e contribui para o time crescer junto.

Em um post recente você mencionou insights do evento BUILD 2025, o que foi mais marcante para você e como isso impacta os profissionais de tecnologia? 
O que mais me marcou foi o avanço da integração entre IA e desenvolvimento de software. O Copilot está cada vez mais presente na rotina do programador, acelerando tarefas repetitivas e permitindo que a gente foque na parte criativa e estratégica. Isso exige uma nova postura dos profissionais: mais adaptabilidade, e uma mentalidade de aprendizado contínuo.

Que conselhos você daria para meninas que estão começando em programação e veem a IA como um campo assustador ou distante? 
A primeira coisa que eu diria é: não tenha medo do novo. Todas nós começamos sem saber nada, e isso é completamente normal. IA não é um bicho de sete cabeças,  é só mais uma ferramenta que, com o tempo, você aprende a usar. Comece com curiosidade, faça testes, explore tutoriais. O importante é dar o primeiro passo e se permitir aprender.

Quais ferramentas, linguagens ou práticas você considera essenciais para quem quer seguir carreira em desenvolvimento full‑stack hoje? 
Hoje, considero essencial dominar JavaScript (React no front-end, Node.js ou C# no back-end), além de ter bons conhecimentos em banco de dados (SQL e NoSQL). Saber usar APIs, versionamento com Git, e entender conceitos como CI/CD, testes automatizados e containerização com Docker também faz muita diferença.

Como você organiza seu tempo entre escrever conteúdo para redes, programar, eventos e projetos pessoais? 
Eu tenho uma rotina bem estruturada com blocos de foco. Programar exige concentração, então deixo horários dedicados só para isso. Já a criação de conteúdo flui melhor quando estou relaxada  às vezes no início do dia, ou à noite. Planejo os posts com antecedência e aproveito eventos para gerar conteúdo em tempo real. Ah, e também aprendi a dizer “não” para preservar meu equilíbrio.

Você compartilha bastante sobre lifestyle e programação, como você enxerga a importância de equilibrar vida pessoal e carreira na tecnologia?
A gente não é só código. A criatividade, a produtividade e até a saúde mental melhoram quando temos uma vida equilibrada. Sempre falo que cuidar da gente é parte do processo profissional. Não dá pra crescer na carreira se a nossa base emocional está em colapso. Compartilhar lifestyle é mostrar que é possível ser humana e ser tech ao mesmo tempo.

Práticas como webhooks vs APIs são temas nos seus reels. Você pode explicar, de forma simples, por que isso é importante para devs se aprofundarem?
Claro! APIs são como cardápios: você vai lá e pede a informação. Já os webhooks são como notificações: a informação vem até você quando algo acontece. Saber quando usar cada um é essencial para criar sistemas mais eficientes e responsivos, principalmente em integrações entre diferentes plataformas.

Para além da técnica, o que você acredita que mais inspira as mulheres a permanecerem e se destacarem na área de TI? 
Representatividade e apoio. Ver outras mulheres vencendo, compartilhando conquistas e erros, é muito poderoso. A técnica é importante, mas a coragem de continuar, mesmo quando a gente duvida, vem de uma rede de apoio, de uma mentoria, de saber que não estamos sozinhas.

Qual mensagem você pode deixar para as meninas que fazem parte do projeto Programe como uma Garota?
Meninas, vocês são o futuro da tecnologia. Nunca deixem que digam o contrário. Cada linha de código que vocês escrevem hoje pode transformar vidas amanhã. Não se comparem, se inspirem. Não tenham medo de errar, errar faz parte do processo. Programar como uma garota é, sim, motivo de orgulho.

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